Com o fim do Módulo 2, reunimos aqui alguns dos principais pontos que foram apresentados e discutidos durante o mês de maio.

1. A Educação Integral como projeto em disputa

  • Educação é uma palavra com significados diferentes que se transforma de acordo com as experiências de vida.
  • É preciso distinguir escolarização de educação: a formação acontece também fora da escola.
  • A Educação Integral reconhece múltiplas formas de aprender, valorizando saberes populares, culturais e do território.
  • A disputa histórica mostra diferentes visões sobre o que é “formar” um sujeito: do projeto autoritário ao projeto democrático.

2. Fundamentos da Educação Integral como direito

  • Educação como direito humano, e não como privilégio ou mercadoria.
  • A proposta de tempo integral vai além da ampliação da jornada escolar: ela busca uma formação integral e integrada, com múltiplas dimensões.

    2.1 Centralidade dos sujeitos e valorização da diversidade

  • Reconhecer os estudantes como sujeitos históricos e culturais.
  • Combate às desigualdades e preconceitos de raça, gênero, deficiência ou classe.
  • A escola deve garantir o direito à identidade e à expressão das diferenças.

    2.2 Cidade como território educativo
  • A escola precisa romper muros e dialogar com o território.
  • O bairro, a cidade, os espaços públicos e comunitários são também espaços de formação.
  • A cidade pode ser pensada como “currículo”, um espaço vivo de aprendizagem.

    2.3 Novos saberes e novos educadores
  • Educadores populares, agentes culturais e mestres do território são parte do processo educativo.
  • A escola deve valorizar os saberes construídos na experiência social e nos coletivos comunitários.
  • A diversidade de saberes enriquece o currículo e fortalece a aprendizagem significativa.

    2.4 Tempo, espaço e gestão compartilhada
  • Ampliar o tempo escolar exige repensar sua organização com base na participação democrática.
  • A gestão compartilhada valoriza a escuta e a autonomia de estudantes, professores e comunidade.
  • A intersetorialidade é essencial para articular educação com saúde, cultura, assistência, esporte e meio ambiente.

Conteúdos Complementares 

Além dos conteúdos desenvolvidos no material de referência, o módulo oferece materiais complementares – são vídeos, cartilhas, leis, videoconferências e livros que aprofundam os temas discutidos.

Um exemplo é a publicação do site Centro de Referência de Educação Integral que discute a  Educação Integral como uma proposta que busca o desenvolvimento completo dos estudantes, considerando suas dimensões intelectual, física, emocional, social e cultural. Ela é construída com a participação ativa de toda a comunidade escolar – estudantes, educadores, famílias e os territórios onde a escola está inserida. 

Essa concepção defende uma educação inclusiva, equitativa, sustentável e alinhada aos desafios do século XXI. O estudante é colocado no centro do processo educativo, com valorização de seus contextos de vida e culturas. A proposta envolve um currículo integrado e uma jornada escolar ampliada, com cerca de 7 a 9 horas diárias. Para que essa abordagem se concretize, são necessárias políticas públicas e uma gestão democrática que garantam o direito de todos a uma educação de qualidade. A conceituação completa está no link: https://educacaointegral.org.br/conceito/

Outro material importante é o texto da professora Nilma Lino Gomes, Educação Integral e relações étnico-raciais, que propõe uma articulação entre a Educação Integral e a Educação para as Relações Étnico-Raciais, destacando que ambas compartilham princípios como inclusão, equidade e emancipação. 

Ela argumenta que uma educação verdadeiramente integral deve considerar as identidades e culturas dos estudantes, promovendo práticas pedagógicas que enfrentem o racismo estrutural e valorizem a diversidade. A autora enfatiza que essa abordagem requer um compromisso com a democracia e a justiça social, visando transformar a escola em um espaço de reconhecimento e valorização das diferenças étnico-raciais.

Texto disponível no link: https://teia.fae.ufmg.br/wp-content/uploads/2024/03/Nilma-Lino-Gomes-Educacao-integral-e-relacoes-etnico-raciais-2023.pdf  

Dica: leia também os textos da Série Cadernos Pedagógicos sobre Territórios Educativos para Educação Integral, os links estão disponíveis nos materiais de estudo do curso.

Explore esse material disponibilizado pela formação para aprofundar seus estudos!

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